A desinformação é lucrativa e coloca a Democracia em risco constante

 Não seria possível a desinformação nos níveis atuais sem  que houvesse a estrutura que hoje as redes sociais proporcionam.

Fica muito claro que toda a desinformação acontece pois é altamente lucrativa para as redes sociais.

Os filtros de defesa da sociedade em relação à possibilidade de denúncia dos discursos de ódio, de misognia, de transfobia, de homofobia, de intolerância religiosa são totalmente ineficientes diante da massiva possibilidade de comentários que vão exatamente contra esta direção. 

Mas até quando a sociedade brasileira ficará à mercê destas desinformações?  Tendo a Comunidade Europeia como exemplo, é  urgente que a sociedade brasileira regule as redes sociais para que a defesa do Estado Democrático de Direito seja assegurada. 

Ficou evidente que a extrema-direita conta com grandes somas de recursos financeiros para continuar se beneficiando da vista "grossa" das redes sociais que lucram com os anúncios dos que promovem a desinformação.

É de fundamental importância que todas as forças democráticas se unam para que as redes sociais sejam regulamentadas e responsabilizadas por tudo que comprometa a vigência do Estado Democrático de Direito. 

Lembremos que é falacioso o discurso de que a liberdade de expressão possa permitir qualquer expressão de opinião que utilize discurso de ódio ou de desinformação. De forma alguma é censura exigir o respeito aos direitos constitucionais! Utilizar a lei dos Estados Unidos (consagrado na Primeira Emenda da Constituição dos EUA) para moldar a legislação brasileira ou mundial não deve servir de parâmetro para nossa sociedade. 

- Clárison Avelar  -  web jornalista